A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em 14 de fevereiro de 2025, revela uma queda significativa na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, apenas 24% dos brasileiros consideram a gestão “boa” ou “ótima”, uma redução de 11 pontos percentuais em relação aos 35% registrados em dezembro de 2024. Paralelamente, a reprovação aumentou de 34% para 41%, enquanto 32% dos entrevistados avaliam o governo como “regular”. Esses números representam os piores índices de aprovação e reprovação em todos os três mandatos de Lula.

Fatores contribuindo para a queda na popularidade

Analistas políticos apontam diversos fatores que podem ter influenciado na deterioração da imagem do governo. Entre eles, destacam-se a chamada “crise do Pix” e o aumento nos preços dos alimentos, que têm impactado negativamente a percepção pública. Além disso, há uma crescente sensação de insegurança e descontentamento com a economia, especialmente nas regiões que historicamente apoiaram Lula, como o Nordeste. Nessa região, eleitores manifestam decepção com a falta de progresso recente e o aumento de impostos, levando alguns a reconsiderarem seu apoio ao presidente.

Esforços do governo para reverter a tendência

Em resposta aos índices desfavoráveis, o governo tem intensificado esforços para melhorar sua imagem pública. Recentemente, o presidente Lula aprovou um pacote de obras em Belém, visando preparar a cidade para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em novembro. Mais de R$ 1 bilhão estão sendo investidos na ampliação e modernização de aeroportos no estado do Pará, incluindo os de Santarém, Marabá, Carajás e Altamira. Essas iniciativas buscam não apenas aprimorar a infraestrutura local, mas também demonstrar o compromisso do governo com o desenvolvimento regional e a agenda ambiental.

Desafios políticos e futuros cenários

Além dos desafios internos, o cenário político brasileiro enfrenta mudanças significativas. Com a inabilitação do ex-presidente Jair Bolsonaro até 2030, a ultradireita busca novos líderes para as eleições presidenciais de 2026. Nomes como o cantor sertanejo Gusttavo Lima, o empresário Pablo Marçal e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emergem como possíveis sucessores, indicando uma reconfiguração no espectro político nacional.

Diante desse panorama, o governo Lula enfrenta o desafio de reconquistar a confiança da população e estabilizar sua base de apoio, enquanto novos atores políticos se posicionam para os próximos pleitos eleitorais.