Diante do avanço da gripe aviária no país, o Espírito Santo mantém vigilância máxima e reforça ações para conter a possível chegada do vírus. De acordo com o Ministério da Agricultura, dez casos suspeitos de influenza aviária altamente patogênica estão sendo analisados no Brasil. Nenhum deles, até o momento, ocorreu em granjas comerciais.
As investigações envolvem criações de subsistência nas cidades de Alegre (ES), Viamão (RS), Caçador (SC), Parauapebas e Itaituba (PA). Já em relação às aves silvestres, há monitoramento ativo em Angra dos Reis (RJ) e Utinga (BA). Desde que o primeiro caso foi identificado no Brasil, em 15 de maio de 2023, o país já registrou 171 ocorrências: 167 em aves silvestres, três em criações domésticas e uma em granja comercial, no município de Montenegro (RS).
Prevenção em foco no Espírito Santo
Com o risco de avanço da doença, o Espírito Santo prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária. A medida foi aprovada de forma unânime pelo Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária no início de maio.
Entre as orientações repassadas aos produtores estão:
- Manter as aves protegidas em recintos telados com malha de no máximo uma polegada;
- Garantir a higiene constante de bebedouros e comedouros;
- Armazenar água e ração longe do alcance de aves silvestres;
- Oferecer água limpa e de qualidade;
- Implementar controle rigoroso contra pragas.
As ações de prevenção e os possíveis impactos econômicos da gripe aviária foram debatidos em reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. O encontro contou com representantes do setor produtivo, técnicos e autoridades sanitárias.
O Estado já possui estrutura preparada para atuar em casos suspeitos e intensifica a vigilância sanitária por meio da Secretaria de Agricultura (Seag), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), e em parceria com o Ministério da Agricultura e outras entidades. O foco principal é orientar os produtores e manter a rede de proteção ativa.
